quarta-feira, 7 de julho de 2010

20 anos sem Cazuza

Nunca fui de ter ídolos e muito menos de pedir autografos, porém se tem um cara que mexeu com minha adolescência e juventude foi o Cazuza. Suas músicas me fascinavam de todas as maneiras possíveis. Elas serviram para dar trilha sonora a vários momentos de minha vida iniciando a época em que eu era conhecida no bairro onde eu morava como "A Garota de Baurú" até ser carinhosamente chamada por um namoradinho carinhoso de "Codinome Beija-flor".
Poeta de sua época - e até hoje - foi através dele que fui apresentada ao blues, Cartola, Lupicinio... Tenho até hoje os LP´s (coisa velha, né?) "Só se for a dois" onde ele aparece lindo na beira da praia segurando os cabelos me chamando para um beijo e o album "Burguesia" que era o máximo em transgressão 'classemediana' que deve estar arranhado na faixa "Esse Cara" de tanto que ouvi chorando por um amor não correspondido.
Tive a oportunidade de vê-lo em um show ao vivo e guardo na memória o especial de início de ano que a Globo fez com ele já doente um pouco antes de morrer. Às vezes ao assistir o DVD sobre sua vida me confundo com a semelhança do Daniel Oliveira com o cantor.
Quando se adjetiva o menino Cazuza (Cajú para os íntimos) é recorrente falar de rebelde, provocador e até mimado. Falando do cantor normalmente se encontram poeta à frente do tempo, letrista incomparável e artista de primeira grandeza. Eu prefiro lembrar de Agenor de Miranda Araújo Neto como um artista doce que embalou muitos de meus sonhos e me deu grandeza e um pouco de coragem.

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