Depois de uma noite de sono incrível acordei bem cedinho e liguei para a Loira Italiana para passearmos. A ideia era caminhar no calçadão, tomar um sorvete, um ida ao Museu Rodin, almoçar uma saladinha e, se desse tempo, um cineminha no final da tarde. Decidimos ficar por aqui na Barra e ao sentirmos o friozinho (apesar do sol) logo desistimos da caminhada e sorvete. Ainda era cedo para irmos ao Rodin e almoçar, então por que não uma cervejinha?
Sentadas no Carangueijo de Sergipe e já cientes que o resto a programação iria por água abaixo resolvemos ficar por lá até o dia trocar as armas e virar noite.
Hoje, já sóbria, peço desculpas à Loira por ter me ausentado da mesa por muito tempo, não que a tenha deixado sozinha, mas se o programa era de nós duas eu admito a culpa e fico devendo essa. Não foi por falta de educação mas a explicação para o abandono tem dois números: 23. É! ele mesmo, o menino que está me deixando maluca.
Já estávamos na terceira cerveja quando vejo meu sobrinho preferido chegar acompanhando de três pernambucanas. Eles sentaram numa mesa próxima e logo perguntei pelo meu querido. Informada de que ele logo chegaria, retoquei o batom e fui conhecer as pernambucanas.
Simpática, a irmã de meu sobrinho foi logo se apresentando. Claudia é seu nome! Conversamos muito e vimos que tínhamos muita coisa em comum inclusive o interesse por jóias (ela tava com um anel incrível!). Loyola era a mais fina de todas, sempre elegante nem se incomodou quando caiu azeite em sua saia caríssima. A empatia com ela foi incrível mas é que mulher bem nascida e rica se conhece de longe. Agora, a menina Rúcula era um caso a parte. Desinibida, cabelão lindo (de índia), corpo de miss ela se tornou o centro das atenções ao ensinar uma técnica de tradição familiar para 'limpeza de pele'. (A pele dela é ótima mesmo!). Conversa animada e chega o restante do grupo. A espanhola com o marido, meu escroque, Taís Araújo e 23 com mais duas meninas.
Saí e voltei à mesa diversas vezes e nem notei que a noite tinha caido quando a Loira já tinha ido e me deixando na mesa com o grupo. Com muitas cervejinhas na cabeça e fumando feito uma caipora - isso já é lugar comum, né? -já estava íntima de todos e parecíamos melhores amigas de infância. Fizemos poesias com canetas incríveis, marcamos visitas, endereços de compras e até uma saída mais tarde. Nesta hora parte do grupo se foi e levou 23 prometendo voltar, quase chorei mas fazer o quê? Sou comprometida e não posso dar tanto na vista.
Finalizando a história, o grupo voltou cumprindo a promessa e nós fomos embora já marcando uma saída ainda naquele dia, mas aí já é um outra história que só para deixar um gostinho de curiosidade as pernambucanas confidenciaram que tiraram uma foto picante de 23 e vão me enviar, mas esta é só para mim pois ele não é para o bico de vocês!
